Vantagens do transporte compartilhado nas grandes cidades
Em uma cidade inteligente, a mobilidade deve ser democrática e atender à pluralidade de perfis dos passageiros
2 minutos, 45 segundos de leitura
25/05/2021
Devido às profundas transformações causadas pela pandemia da covid-19, no âmbito do deslocamento urbano, é necessário estimular a mobilidade compartilhada como complemento aos meios de transporte tradicionais. Atualmente, aplicativos de bicicletas e patinetes compartilháveis e serviços de aplicativo de transporte, como a 99, fazem cada vez mais parte do cotidiano das grandes cidades. Nesse sentido, entende-se que, em uma cidade inteligente, o deslocamento deve atender à pluralidade de perfis dos passageiros e possibilitar soluções multimodais no transporte urbano, garantindo, assim, acesso mais democrático à cidade.
Segundo Alexandre Flores, CEO da Bikebox,
startup que desenvolveu um modelo inédito de bicicletário, “a integração de diferentes modais aumenta o número de trajetos, reduz custos, minimiza impactos ambientais e contribui para reduzir o congestionamento. Os desafios da mobilidade exigem o aumento de soluções para oferecer mais oportunidades de escolha aos usuários”.
Além de promover alternativas de deslocamento, a incorporação de soluções multimodais estimula a oferta de transporte público mais seguro e com tarifa única justa. De acordo com Silvani Pereira, diretor-presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô),
“a melhoria na qualidade da mobilidade urbana deve ser promovida com o uso intensivo de tecnologia, buscando implementar a integração dos diversos modais como um único serviço, unindo tarifas, formas pagamento, customizando viagens e a aquisição de pacote de produtos e serviços, sempre vinculado ao trecho de deslocamento adquirido pelo passageiro”.
Micromobilidade em crescimento
A utilização de diferentes alternativas de mobilidade já é tendência no País: em 2021, o Relatório Global Moovit mostra que, aproximadamente, 30% dos usuários utilizam a micromobilidade como forma complementar ao transporte público. Dessa maneira, a tendência é de que novos meios de transporte complementem a mobilidade urbana, tornando as cidades mais conectadas.
“A criação da Autoridade Metropolitana é muito importante, pois possibilitará a coordenação dos modais no espaço urbano das cidades conurbadas, nome dado ao conjunto de duas ou mais localidades cujas zonas urbanas tenham se tornado limítrofes umas das outras, constituindo um todo continuamente urbanizado. Com isso, permitirá gestão integrada e uma política de mobilidade única nas regiões metropolitanas, reduzindo a sobreposição de itinerários e, assim, oferecer ao passageiro facilidades e melhor retorno no deslocamento urbano”, conclui Pereira.
De acordo com Paula Faria, CEO da Necta, idealizadora do Connected Smart Cities & Mobility e Embaixadora da Mobilidade, no Estadão,
“com a pandemia, a maneira como nos locomovemos pelo espaço urbano mudou significativamente. Dentro desse contexto, é imprescindível que a mobilidade urbana seja estruturada na implementação de diferentes soluções que busquem complementar a malha de transporte e, principalmente, coloquem o passageiro em primeiro plano, promovendo deslocamentos mais seguros e sustentáveis”.
O tema será amplamente debatido durante o evento nacional Connected Smart Cities & Mobility 2021 (CSCM), que acontecerá entre 1o e 3 de setembro. A iniciativa contempla agenda pré-evento, por meio de ações regionais em todas as capitais do País, além dos “Pontos de Conexão CSCM”, que serão transmitidos ao vivo. O CSCM 21 conta com o apoio do Estadão e reunirá os atores do ecossistema de cidades e mobilidade urbana.
Sobre o evento nacional Connected Smart Cities & Mobility 2021: https://evento.connectedsmartcities.com.br/
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