Dia Nacional do Trânsito: 55% dos motoristas fazem uso excessivo do pedal do acelerador
Mais de 11 mil veículos e 30 mil motoristas no Brasil foram analisados para levantamento
2 minutos, 15 segundos de leitura
25/09/2024
Por: Erick Souza
Uma das principais causas de acidentes no trânsito é a velocidade excessiva. De acordo com levantamento da Mobs2, empresa de soluções tecnológicas, 55% dos motoristas utilizam o pedal do acelerador mais vezes do que o necessário. Além disso, a empresa também monitorou outros comportamentos dos condutores ao volante em estradas do Brasil.
Leia também: 34% das mortes no trânsito de Campinas ocorreram por excesso de velocidade
O relatório utilizou como base um monitoramento realizado com mais de 11 mil veículos comerciais e 30 mil motoristas para classificar as práticas mais comuns. Além do uso excessivo do acelerador, ações como alta rotação do motor devido a trocas inadequadas de marcha e acelerações bruscas também apareceram na lista.
Conforme o monitoramento, 16% dos motoristas realizam trocas inadequadas de marcha e 10% fizeram acelerações bruscas enquanto dirigiam. Práticas como essas, de acordo com a empresa, tendem a aumentar o consumo de combustível e até comprometer a durabilidade do motor. Ao mesmo tempo, provocam mais emissões de carbono, afetando diretamente a qualidade do ar nas cidades.
Excesso de velocidade nos Estados
Durante o primeiro semestre deste ano, os Estados de Mato Grosso, Tocantins e Rondônia foram os três primeiros colocados no ranking brasileiro das infrações por excesso de velocidade. O índice elaborado pela Cobli, empresa de tecnologia para gestão de frotas, calculou a média de excessos de velocidade por veículo de todo o Brasil.
Leia também: Veja a lista dos Estados campeões em uso de alta velocidade no Brasil
O levantamento foi feito em veículos leves e pesados, principalmente caminhões de carga; vans e veículos comerciais; e carros utilizados em serviços urbanos, como telecomunicações e energia.
De acordo com a Cobli, o excesso de velocidade é considerado gravíssimo quando atinge 51% ou mais acima do limite da via ou do limite estipulado para o veículo.
Os graves, por sua vez, acontecem em situações de 21% a 50% acima do limite e os eventos de severidade média, até 20% acima do limite. Com base nesse parâmetro, o relatório da Cobli apontou que 55% dos casos registrados foram situações graves, 39% gravíssimas e 6% de severidade média.
Conforme a empresa, questões como infraestrutura rodoviária, falta de fiscalização e cumprimentos de prazo de entrega, por exemplo, podem estar na fonte do problema. “O Mato Grosso, por exemplo, é um estado com vastas áreas rurais e estradas que podem ser longas, retas e com pouco tráfego. Com isso, os motoristas podem se sentir mais seguros para acelerar acima do limite permitido”, explicou Nathalia Albar, diretora de marketing da Cobli.
Quer uma navegação personalizada?
Cadastre-se aqui
0 Comentários