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Cinto de segurança protege mais do que especialistas imaginavam; entenda

Por: Daniela Saragiotto . 13/11/2023
Mobilidade com segurança

Cinto de segurança protege mais do que especialistas imaginavam; entenda

Abramet divulga atualização que compila diversos estudos sobre o equipamento, cujo uso tem caído no Brasil

2 minutos, 40 segundos de leitura

13/11/2023

Por: Daniela Saragiotto

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Efiicácia do cinto de segurança varia de acordo com a posição do ocupante do veículo. Foto: Getty Image

Os índices de eficiência do cinto de segurança acabam de ser atualizados, com a divulgação de um estudo com base em vidências científicas pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). Foi comprovado que o uso do equipamento reduz em até 60% o risco de morte e ferimentos graves para passageiros nos bancos da frente, e em até 44% para ocupantes dos bancos de trás de veículos envolvidos em sinistros de trânsito.

Dessa forma, antes da atualização, que foi divulgada nesta segunda-feira (13/11), especialistas acreditavam que o equipamento, que tem uso obrigatório pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), tinha eficácia de 40% para passageiros do banco da frente e de 30% nos traseiros.

Flavio Adura, diretor científico da Abramet, explica que a proteção conferida pelo item tem variação de acordo com a posição no veículo. “Os ocupantes dos bancos dianteiros estão mais expostos a lesões por contato dos membros inferiores e da parte superior do corpo com o painel de instrumentos e com o volante. Assim, há maior risco de morte ou ferimentos graves do que os do banco traseiro”, diz.

O especialista acrescenta que essa atualização ajuda no dia a dia dos especialistas que orientam e atendem os pacientes. “Estamos sempre atentos às novidades científicas nesse tema para manter o médico especialista atualizado e pronto para tomar as melhores decisões no atendimento à população”, explica.

Lesões oculares

De acordo com o diretor científico, os novos dados foram obtidos por meio de revisões da literatura sobre o tema e meta-análise. Trata-se de um método estatístico que agrega resultados de múltiplos estudos independentes, para uma conclusão única.

Entre os resultados mais importantes está a redução de lesões oculares perfurantes do globo ocular em até 60%, com o uso correto do equipamento. De acordo com estudo, cerca de 50% de sua eficácia se deve à prevenção da ejeção de ocupantes de veículos automotores.

Queda no uso do cinto

Pesquisas recentes têm apontado que a população brasileira tem usado menos o cinto de segurança. De acordo com levantamento feito pela Arteris, cresceu em 29% o número de veículos leves  vítimas de acidentes que não utilizavam cinto de segurança.

Já em veículos pesados (ônibus, carretas e caminhões), esse número aumentou 19%. O índice diz respeito a rodovias localizadas em Estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. 

Dessa forma, a Abramet também tem notado esse comportamento. “Com a pandemia da Covid-19, observamos que o uso do cinto de segurança foi impactado negativamente”, diz Adura.

De maneira que, para o especialista, trata-se de um dos mais conhecidos e universais equipamentos para a proteção de ocupantes de veículos. “Mesmo com a espetacular evolução tecnológica, ainda não há nenhuma outra solução de engenharia que suplante a proteção proporcionada pelo cinto de segurança”, afirma.

Leia também: Cresce o número de vítimas de acidentes sem cinto de segurança nas estradas

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