Emoção em dobro
Corrida de Duplas caiu no gosto dos fãs da Stock Car e está de volta neste ano
Ao oferecer um enorme leque de possibilidades, sempre direcionado a agradar os fãs da categoria, a Stock Car Pro Series implementou uma série de ações que procuram aumentar a competitividade e a emoção nas provas. São duas corridas, no mesmo dia, com grid invertido, em movimento, engajamento total dos canais digitais, acesso dos convidados aos boxes, entre outras ações que transformaram a categoria em uma das mais equilibradas e atrativas do mundo.
Outra “bola dentro” nesse sentido foi a criação da Corrida de Duplas, que mescla pilotos titulares e convidados, que regressa ao calendário depois de quatro anos. E será exatamente ela que abrirá a temporada 2022, no próximo domingo, no autódromo de Interlagos (SP), com transmissão pelo site do Estadão.
Criada em 2014, a Corrida de Duplas da Stock Car já foi realizada quatro vezes. Na sua estreia e em 2018, ela aconteceu em Interlagos. Goiânia (GO) sediou a disputa em 2015, enquanto o Autódromo Internacional de Curitiba se tornou palco da disputa no ano seguinte. Em Goiânia, a Stock Car reviveu uma das maiores rivalidades da história do automobilismo mundial, Senna versus Prost, quando Bruno Senna, sobrinho de Ayrton Senna, e Nicolas Prost, filho de Alain Prost, foram, respectivamente, parceiros de Antonio Pizzonia e Júlio Campos, naquela ocasião.
Um dos grandes atrativos do evento são os convidados dos pilotos titulares, tradicionalmente vindos do exterior. Dentre os 97 pilotos que aceleraram como convidados, estão nomes de enorme destaque nas pistas do Brasil e do mundo. O maior de todos na Stock Car, o 12 vezes campeão Ingo Hoffmann, participou da Corrida de Duplas em 2015, ao lado de Rubens Barrichello. Naquela mesma edição, em Goiânia, Ricardo Zonta compartilhou o carro com Jacques Villeneuve, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, campeão da Indy em 1995 e dono do título da Fórmula 1 em 1997.
Ao todo, 38 pilotos estrangeiros já disputaram a Corrida de Duplas da Stock Car. Os recordistas de participação na prova são o belga Laurens Vanthoor (em 2015, 2016 e 2018) e o australiano Mark Winterbottom (em 2014, 2015 e 2018). Dos “gringos” participantes, somente um subiu ao topo do pódio. Em 2015, o argentino Néstor Girolami conquistou a vitória, ao lado de Ricardo Maurício.
Duplas confirmadas
Jamais, em toda a história da Corrida de Duplas, um piloto a venceu mais de uma vez. Para este ano, a vinda de estrangeiros não será tão numerosa, em função da pandemia, e os titulares vão escolhendo novos nomes, entre eles, muitos representantes da nova geração brasileira, que trazem um ar de renovação à categoria. Há casos curiosos, como uma dupla formada por irmãos. Nelsinho e Pedro Piquet comandarão o Toyota Corolla da TMG Racing.
A RC quer ampliar o recorde de vitórias com duas duplas fortíssimas: Daniel Serra (Augusto Farfus) e Ricardo Maurício, com o português Filipe Albuquerque. Júlio Campos, da Lubrax/Podium, irá com Marçal Müller, bicampeão da Porsche Cup. E, no outro carro do time, Felipe Massa dividirá a pilotagem com ninguém menos que o alemão Timo Glock, personagem marcante na perda do título de F1 do brasileiro em 2008, exatamente em Interlagos.
A Full Time Sports vem com Rafael Suzuki e o holandês Jeroen Bleekemolen, Cacá Bueno (Felipe Fraga), Ricardo Zonta (Danilo Dirani) e Bruno Baptista (Alan Hellmeister) são conjuntos experientes. Já Lucas Foresti (Pedro Rimbano), Atila Abreu (Renan Guerra) e Galid Osman (Enzo Elias) são exemplos de duplas formadas por brasileiros da nova geração. O atual campeão da Stock Car Pro Series, Gabriel Casagrande, escolheu o vice-campeão da Stock Light, Gabriel Robe, para tentar mais um triunfo.
Uma das duplas que deverá chamar muito a atenção na Corrida de Duplas será a formada entre pai e filho. Rubens Barrichello dividirá a pilotagem de seu Toyota Corolla com Dudu [Eduardo] Barrichello, que já disputou duas etapas da categoria, no mesmo boxe do pai, mas nunca com o mesmo carro.
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