Stock Car acelera (também) nos números
Fernando Julianelli, no comando da retaguarda da Stock Car
Engana-se quem acredita que automobilismo é feito, apenas, por pilotos, engenheiros, técnicos, pessoal da cronometragem e a turma que trabalha nas transmissões de televisão e internet, muito maior do que sugere um locutor e dois comentaristas (veja abaixo).
Os eventos da categoria estão cada vez mais sofisticados e há bastante tempo extrapolaram a área esportiva, invadindo, de forma vigorosa, o setor de entretenimento e, principalmente, de ativação de patrocínios.
E, por falar neles, à medida que a categoria cresce em importância, os investimentos nela aumentam. Uma coisa é certa, quem manda nisso tudo é o retorno publicitário e promocional que as marcas envolvidas experimentam ao se unirem ao esporte. Em 2022, além da manutenção dos grandes patrocinadores, se somará a ArcelorMittal, mais nova patrocinadora da Stock Car Pro Series nesta temporada.
Para a empresa, o projeto vem atender a um novo cenário mundial, mais focado na sustentabilidade. “A indústria automotiva global está se movimentando com a consciência verde, por meio de ações que visam a descarbonização em todo o ciclo de vida dos veículos”, explica João Bosco Reis da Silva, gerente-geral de sustentabilidade e relações institucionais da ArcelorMittal Tubarão.
E, mais uma vez, foram eles, os números, que atraíram mais esse parceiro. Segundo o Ibope Repucom, o retorno de mídia da categoria, em 2021, foi de R$ 1.551.371.257: crescimento de 57,5%, em relação ao ano anterior.
Nas redes sociais, importantíssimas para o esporte, são 4,9 milhões de seguidores, somando pilotos e evento, que totalizam mais de 10 mil postagens por ano. O site oficial da Stock Car Pro Series (www.stockproseries.com.br) registrou crescimento de 342%,nas visitas diárias. Nas 24 etapas disputadas em dez eventos, foram utilizados 5 mil pneus (incluindo a série de acesso, a Stock Series).
Um exército na retaguarda
São cerca de 200 pessoas lideradas pelo publicitário Fernando Julianelli, CEO da Vicar, que responde pela organização. Em etapas maiores, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, a Vicar movimenta mais de mil pessoas, incluindo os 70% de contratados locais temporários.
A produção de cada etapa custa, em média, R$ 2,5 milhões. Existem etapas especiais, como provas de rua, ou a corrida que será realizada de forma inédita no aeroporto do Galeão, em 2022, nas quais esse valor chega a quadruplicar. “Nosso evento é uma operação logística, que viaja pelo Brasil e envolve milhares de profissionais especializados.
Lidamos com milhões de fãs, no mundo inteiro. Nesse cenário, o crescimento que registramos em 2021, com a pandemia em andamento, foi bastante significativo. Nada seria possível sem um time entrosado e competente”, frisou Julianelli.
A estrutura promocional que gera receita se divide em diferentes aportes, que variam de R$ 1 milhão a cerca de R$ 10 milhões, por cotista. A diferença se dá de acordo com a exposição solicitada de cada empresa. Para divulgar sua marca em uma equipe, o patrocinador investe de R$ 100 mil, para cotas pequenas, a até R$ 10 milhões, para ser o principal.
Na temporada de 2021, estima-se em 220 mil pessoas envolvidas diretamente nos eventos. Foram consumidas 330 mil latas de cerveja nos camarotes e setores de alimentação e bebidas, a organização utilizou 12 mil diárias de hotel e precisou de 3.600 trechos de voo para se deslocar por ar e 1.900 diárias de locação de veículos por terra.
Pelos camarotes, passaram 20 mil convidados especiais, e 30 mil tiveram o direito de visitar os boxes, juntamente com milhares de ativações de marca feitas pela organização e as equipes, ao longo do ano.
O batalhão que gera as imagens
Quem liga a TV na Band ou no Sportv para assistir às etapas ou acessa a internet para ver as provas, que também são transmitidas pela TV Estadão, não imagina a quantidade de gente e recursos necessários para que as imagens cheguem às telas dos telespectadores e ouçamos as narrações de Sérgio Maurício e Luiz Carlos Jr. e os comentários de Reginaldo Leme, Max Wilson, Luciano Burti e Rafael Lopes.
Isso sem contar a plataforma motorsport.com, disponível em todo o mundo, que transmite as provas em português, inglês, espanhol e russo.
Tradicional parceira da Stock Car, a Master TV, de Cascavel (PR), desloca, para cada etapa, duas carretas e dois ônibus, abarrotados de equipamentos, para geração de imagens e som.
São 40 profissionais e 18 câmeras utilizadas, em média, por transmissão, sendo duas super slow, mais duas ou três microcâmeras, interligadas por 9 quilômetros de fibra ótica, que abastecem três microlinks. “É uma equipe que já tem mais de 30 anos de experiência, pioneira em geração de automobilismo, no Brasil. O pessoal trabalha duro e sempre entrega o melhor a nossos parceiros”, afirmou Jorge Guirado, CEO da Master TV.
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