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Conectividade facilita a vida do motorista. Mas tome cuidado com os perigos

Por: Redação Mobilidade . 04/07/2024

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Conectividade facilita a vida do motorista. Mas tome cuidado com os perigos

Interatividade com o celular na central multimídia pode provocar falhas e distrações

2 minutos, 20 segundos de leitura

04/07/2024

conectividade
Embora o Bluetooth tenha um modo de funcionamento universal, ele depende do bom desempenho da central do carro e do celular do motorista. Foto: Getty Images

Além de potência do motor, tamanho do porta-malas ou o tipo de câmbio, um item tem sido importante nas fichas técnicas dos lançamentos mais recentes: o tamanho da tela da central multimídia e o recurso de bluetooth. O visor no meio do painel agora trabalha com recursos de conectividade, principalmente por meio do pareamento com o celular. Contudo, há um longo caminho a percorrer.

Muitos usuários ainda estão insatisfeitos com esses sistemas. Um estudo realizado pela J.D. Morgan aponta que a conectividade é um dos principais motivos de reclamação dos proprietários de carros novos nos Estados Unidos, à frente da insatisfação com comandos de voz. O levantamento apontou também que 25% dos consumidores não aprovam o sistema de infoentretenimento do carro como um todo.

Falhas variadas de conectividade

Fabio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI), explica que cada marca trabalha com um sistema. Por isso, as falhas podem ser variadas.Embora o Bluetooth tenha um modo de funcionamento universal, ele depende do bom desempenho da central do carro e do celular do motorista.

“Com ligações sem fio, o aparelho gasta muita energia com GPS e outros dados. Assim, ele precisa ser constantemente carregado, causando mais reclamação dos usuários, que são os sistemas de recarga wireless”, afirma.

Mas não é só isso. De acordo com o levantamento da J.D. Morgan, a incompatibilidade com muitos celulares é outro fator negativo. Não há uma padronização das portas USB. A maioria dos carros usa USB-A, retangular e maior. Só que os smartphones mais modernos não usam mais essa entrada.

Usuários também reclamam da dificuldade em operar esses sistemas, porque eles seriam pouco intuitivos. Além disso, podem distrair os motoristas. Vale lembrar que a legislação brasileira proíbe imagens em movimento durante a condução. Pensando nisso, marcas de luxo criaram uma segunda tela diante do passageiro, capaz de reproduzir vídeos. Ela tem uma película que impede a visão pelo condutor.

O que vem por aí

Alguns carros mais modernos estão abandonando os sistemas Android Auto e Apple Carplay. Eles serão substituídos pelo Google Built-In em modelos da Chevrolet, por exemplo. O equipamento dispensa completamente o celular do motorista, englobando na central multimídia todos os aplicativos necessários para a condução. A intenção é integrar a conta do usuário ao sistema do carro, programando os trajetos para os compromissos da agenda. De quebra, há o auxílio ao próprio carro. Assim, modelos elétricos podem traçar uma rota no navegador para o ponto de abastecimento mais próximo e calcular a autonomia até lá. A Volvo no Brasil já oferece um sistema parecido.

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