Os pneus têm um papel primordial para o veículo, já que são eles que ficam o tempo todo em contato com o solo, seja no asfalto, na terra ou até mesmo rodando em meio à água, no caso de uma tempestade ou enchente.
Para o engenheiro Argemiro Costa, coordenador da Comissão Técnica de Dinâmica Veicular da SAE Brasil, o mais importante é manter a calibragem desses componentes seguindo a indicação dos fabricantes de veículos, em geral a cada duas semanas.
“A manutenção do veículo também é outro ponto importante: fazer alinhamento e balanceamento dos pneus quando recomendado; checagem da suspensão e estado das rodas não somente nas revisões, mas principalmente se o veículo sofrer alguma avaria acidental, como ao passar por um buraco ou obstáculo, por exemplo”, explica o engenheiro.
Outra prática que pode ajudar é fazer o rodízio dos pneus periodicamente.
No entanto, ele adverte que, se a manutenção do pneu e da suspensão for negligenciada, os pneus podem sofrer desgaste irregular e diminuir sua vida útil e o rendimento quilométrico.
“Em casos extremos, ao rodar muito tempo com a pressão baixa, pode-se colocar em crise a estrutura interna do pneu, o que pode causar falhas catastróficas”, adverte o engenheiro.
Além disso, o calor gerado quando o pneu roda com pressão muito baixa acelera o envelhecimento dos compostos de borracha, diminuindo exponencialmente a vida do pneu.
O estepe, por sua vez, deve ser calibrado juntamente com os outros pneus, mas geralmente é esquecido. Vale lembrar que, em geral, o pneu perde de 2% a 3% da pressão interna por mês.
O engenheiro reforça que a calibragem do pneu de estepe deve seguir também as recomendações dos fabricantes de veículos: “Como existe uma grande variedade de modelos e medidas de pneus de estepe, na dúvida, para casos específicos, é recomendável procurar um especialista nas revendas de pneus ou concessionárias”.