Além disso, outro agravante é o tempo que um morador da região de São Nóbrega leva para chegar a Santos de ônibus, cerca de 2 horas para percorrer 20 km. De acordo com o prefeito, não são só trabalhadores que fazem o trajeto, mas pacientes de especialidades médicas com polo nas cidades. 

Se virar realidade, o novo trecho do VLT passará por cima do mangue, em uma estrutura suspensa. Além de atravessar a ponte do Barroso.

VLT da Baixada Santista

Atualmente, apenas uma parte do VLT da Baixada Santista está operando, o trecho que liga Terminal Barreiros, em São Vicente, à Estação Porto, em Santos. As 15 estações foram entregues em 2017 e, desde então, atendem cerca de 25 mil pessoas por dia. 

Desde essa época, as obras do segundo trecho estão em andamento, que ligará Conselheiro Nébias ao Valongo. Serão 8 km de extensão e 12 estações, com capacidade para transportar 35 mil pessoas/dia, entre a Linha 1 (terminais Porto e Barreiros) e o terminal Valongo.

No terceiro trecho (Barreiros-Samaritá) estão previstos para serem publicados os editais de licitação das obras, que foram divididos em dois lotes. O Lote 1, que prevê a reforma da Ponte dos Barreiros, tratando da primeira fase das obras. E o Lote 2, segunda fase, que fará a ligação Barreiros-Samaritá.

VLT em Praia Grande

Para chegar em Praia Grande, a prefeitura encomendou um estudo da Secretaria Municipal de Trasportes. Porém, Mourão já prevê que a expansão do VLT pode ocorrer em duas partes, umas de 3,2 km e outra com cerca de 10 km para fazer a curva oeste. “Praia Grande vem desde o início da construção do VLT de Santos, que é um projeto regional, defendendo que chegue o mais rápido possível em Praia Grande”, explica o prefeito. 

Até o final de abril, a Secretaria deve entregar todos os estudos de impacto na implementação do VLT em Praia Grande. Entretanto, o prefeito já identificou que não haverá desapropriações, o que barateia o processo. Além disso, o novo modal vai percorrer áreas alagadas em uma estrutura suspensa. 

Expansão do VLT

Quem sai de São Vicente, por exemplo, pega uma linha de ônibus até a Estação do Barroso para acesso ao VLT. Conforme o prefeito, a extensão da linha até o Ita vai facilitar a vida das pessoas que fazem o trajeto. Portanto, não haverá passageiros novos, defende Mourão.

Aliás, ele acredita que o reforço da Ponte do Barroso vai permitir que a linha chegue até Rio Branco e Mita. Somado a isso, com um novo trecho de 3,8 km da ponte até o Sítio do Campo, os passageiros intermunicipais poderão também acessar o VLT.

“É um trecho curto, uma obra mais fácil porque você não tem desapropriação, o trecho de 500 metros passa pelo mangue e depois passa por uma faixa de loteamento aprovado”, defende o prefeito. ELe afirma que já existe uma faixa reservada para o VLT.  

Mourão ainda afirma que o custo operacional do VLT da Baixada Santista é muito maior que a tarifa cobrada, de R$ 5,35. Com a ampliação dos passageiros, o serviço terá mais equilíbrio financeiro. 

“Antecipamos a discussão interna entre nós, para quando o Estado resolver tomar a discussão, a gente já tenha uma prévia do impacto dentro da cidade e consiga ofertar já uma solução menos impactante para nós”, conta Mourão. Entre os temas discutidos está o maior trecho do VLT, com cerca de 10 km, que deve passar pela via Expresso Sul e pode conflitar com algumas pistas. Entretanto, ele acredita que haverá um expressivo ganho na mobilidade da cidade.

Com a implementação do VTL até a cidade, a prefeitura acredita que o sistema passará a receber 75 mil passageiros por dia. Com o projeto concluído, a prefeitura pretende apresentar a pasta estadual responsável pelo VLT de Santos para depois direcionar ao governador. 

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