Carro parado por muito tempo? Veja o que fazer
Sistemas e componentes de um veículo que não roda durante longos períodos podem se deteriorar
2 minutos, 31 segundos de leitura
14/01/2022
Muitas vezes o carro é deixado parado na garagem por longos períodos. Alguns proprietários, nesse caso, recorrem a capas especiais para proteger a pintura. Mas um automóvel sem funcionar por muito tempo está sujeito a outros problemas que vão além da estética.
O primeiro deles é a bateria, que perde carga aos poucos até o ponto de ficar impossibilitada de dar a partida no motor. Fontes como alarmes, LEDs de alerta e sistemas eletrônicos, que permanecem em stand-by, consomem energia mesmo que o carro esteja desligado. Sem bateria, todos são desativados.
Desconectar os cabos é uma medida para preservar a carga por mais tempo. Antes disso, porém, consulte o manual do proprietário, pois alguns modelos reúnem sistemas eletrônicos com código, e desativá-los trará ainda mais dor de cabeça.
Além disso, os fluidos, em geral, iniciam um processo de degradação quando o automóvel não roda. Há risco de formação de depósitos e borras no sistema de combustível e lubrificação.
“O prejuízo vai além”, afirma Jairo de Lima Souza, professor de engenharia mecânica automobilística do Centro Universitário FEI. “Mecanismos como virabrequim, bielas, válvulas do cabeçote, bomba d’água, bicos injetores e sistema de freio podem sofrer travamento. E os pneus acabam se deformando.”
Cuidados durante a ‘hibernação’
Quem não puder ligar o automóvel de vez em quando deve incumbir alguém da tarefa. O ideal é dar uma voltinha com o carro com o objetivo de colocar todos os sistemas em atividade. “Em geral, as boas práticas recomendam o acionamento do motor uma vez por semana e rodar com o veículo, no mínimo, 20 quilômetros ao menos a cada 15 dias”, afirma Souza.
Ao deixar o automóvel parado por mais de 20 dias, o dono deve tomar algumas atitudes preventivas, como fazer a limpeza completa do veículo. “Sujeira no habitáculo, como restos de comida, gera proliferação de fungos e bactérias, que penetram, inclusive, nos dutos do ar-condicionado”, acrescenta.
Se a garagem onde o carro estiver for totalmente plana, deixe o freio de mão solto e engate a primeira marcha. A ação evitará que as lonas de freio se colem aos tambores em razão do contato prolongado.
Outra medida simples é calibrar os pneus com pressão 20% a 30% maior que a usual para eles não deformarem. Ou seja, se a calibragem habitual dos pneus é 30 libras, deixe-o com 35 ou 40 libras, porque, com o tempo, eles perdem ar.
Sobre as condições do combustível, Souza salienta que três meses é um prazo seguro para a gasolina ser usada após o último abastecimento. Para o diesel, a durabilidade estimada é menor por ser mais vulnerável a fatores externos, como a umidade. Já o etanol dificilmente vai se degradar em condições normais de armazenagem.
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